O índice de rejeição mede polarização. É melhor uma pessoa ser rejeitada do que não ser conhecida. "Fale bem, fale mal, mas fale de mim", diz o ditado popular. Note que a rejeição não vem da mesma pessoa que vota.
Uma pessoa vota em um candidato, mas rejeita outro. Note que existem mais candidatos rejeitados do que escolhidos, ver postagem anterior. Ou seja, a rejeição é mais forte na imaginação coletiva do que em quem vai votar. Uma boa parcela ainda não sabe, ou vão anular o voto.
Um candidato rejeitado vai entrar nas conversas, ao passo que um candidato não conhecido nem entra. Grande parte das discussões políticas são feitas em churrascos. Rejeição significa que a pessoa vai aparecer nessas discussões.
Intenção de votos
O gráfico abaixo mostra os candidatos que receberam votos na enquete espontânea. Nessa forma de enquete, não é apresentada a lista de candidatos. O eleitor fala de cabeça. Como alternativa, ele pode declarar Sem Candidato, ou Nulo. Pode também não responder, se assim quiser.
Margem de erro
É possível estimar a margem de erros, o quão a enquete reflete a realidade. Leitoa teve +1.000 votos, Pereira tem aproximadamente 4.000 habitantes. Vamos usar a população ativa nas eleições, quem vota, em 2.000 votos válidos. Se somarmos os votos válidos da última eleição, chegamos a resultado parecido, um pouco acima de 2.000 votos dado aos candidatos . Foi coletado 70 amostras. Isso nos dá 11 pts de erro, para mais ou para menos.
Isso significa que se um candidato tiver 40% das intenções de votos, ou rejeição, o valor correta muito provavelmente é entre 30% e 50%, com 95% de certeza. Para isso, usamos um alfa de 5%, valor padrão de confiança em enquete de opinião.
Saiba mais sobre margem de erro: Como calcular a margem de erro da sua pesquisa
Para diminuir o erro, teria de coletar mais amostras, que custa tempo. Fechei a enquete no dia 07/05/2024.
Rejeição de candidatos
A barras com linhas pretas e barras nas pontas formam o intervalo de confiança. Isso nos mostra o grau de confiança nos resultados. São 10 pontos para cima e 10 para baixo. 95% de confiança.
A rejeição foi feita da mesma forma, mas questionando qual candidato a pessoa rejeita. Também não foi apresentado uma lista, o nome foi espontâneo. Isso mede a memória do eleitorado sobre candidatos que já se candidataram no passado.
Pessoas que estão construindo o nome também pode ser rejeitados. Rejeição pode surgir até mesmo da tentativa de conquistar a pessoa.
Engraçado: uma pessoa me respondeu a rejeição quase no ouvido, tive de perguntar mais de uma vez para entender.🤣
O gráfico contém somente os que recebem rejeição e votos.
Todos os possíveis candidatos que receberam rejeição de forma espontânea, sem mencionar uma lista de nomes. Note que ainda não há uma lista oficial, ou seja, isso mede a memória das pessoas, sem uma lista oficial.
Como interpretar o índice de rejeição de um candidato
Não é necessariamente a mesma pessoa que rejeita e vota: uma pessoa pode declarar sem candidato, e rejeitar um candidato.
O índice de rejeição nos ensina que existe um eleitorado que rejeita o candidato. Geralmente, são setores, que precisam ser estudados com mais calma. Como exemplo, eu mostrei em outra postagem que parte da rejeição do Titão vem de eleitores do Leitoa. Isso mostra uma rivalidade crescendo. Contudo, existe também um eleitorado sem candidato rejeitando o Titão, apesar de o resultado ser menos significativo. Eleitores sem candidato tende a não rejeitar o Titão, mas existe uma pequena rejeição também entre esses candidatos. Isso significa que ele precisa achar de onde vem essa rejeição, e trabalhar nela.
Como exemplo, Lula era rejeitado entre evangélicos, pesquisas mostravam isso. Lula fez A carta aos evangélicos. Nessa carta, Lula tentou tranquilizar os evangélicos de que sua candidatura não representava uma ameaça os grupos evangélicos no Brasil.
"No documento, ex-presidente apresentaria seus compromissos para o segmento, com o objetivo de tentar diminuir sua rejeição nesta fatia do eleitorado". Fonte: O Globo
Participe aqui: https://forms.gle/TNnwoD3dPjTgcapKA
O índice de rejeição na política é um fator importante a ser considerado nas eleições. Vamos explorar isso com base em algumas pesquisas de opinião:
Lula e Bolsonaro:
De acordo com uma pesquisa XP/Ipespe divulgada em maio de 2022, a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 43%, enquanto a do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) é de 59%1. Embora Bolsonaro tenha uma rejeição mais alta, ela vem caindo e pela primeira vez ficou abaixo dos 60%. Lula, por sua vez, oscila entre 42% e 43% de rejeição.
Bolsonaro tem adotado estratégias para minimizar a rejeição e expandir as intenções de voto, como reavivar o sentimento antipetista e envolver a primeira-dama Michelle Bolsonaro na campanha.
Datafolha:
Governo Lula:
Impacto da Rejeição:
A rejeição é um sinal de alerta para as campanhas. Quanto maior a rejeição, menor a chance de sucesso eleitoral. É difícil que alguém rejeitado por mais de 45% do eleitorado consiga ser eleito4.
Em resumo, a rejeição pode influenciar significativamente o resultado das eleições. Candidatos com alta rejeição enfrentam desafios para conquistar votos, mas estratégias inteligentes podem mitigar esse impacto. A economia e outros temas relevantes também desempenham um papel importante nas escolhas dos eleitores. 😊
1: Pesquisa Ipespe: Lula tem rejeição de 43% e Bolsonaro 59% 2: Datafolha: 52% dizem não votar em Bolsonaro de jeito nenhum, ante 39% em Lula 3: Governo Lula: pela primeira vez, Atlas capta desaprovação superando a aprovação 4: Rejeição: entenda por que o ‘não’ a candidatos pode variar tanto entre pesquisas
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Discussão: e se dois candidatos altamente rejeitados se unirem em coligações?
A rejeição é um fator crucial nas eleições e pode impactar significativamente o desempenho dos candidatos. Vamos explorar um pouco mais sobre o conceito de rejeição em pesquisas eleitorais.
A rejeição é uma medida que indica a proporção de eleitores que não votariam em um determinado candidato de forma alguma. Ela é um sinal de alerta para as campanhas, pois quanto maior a rejeição, menor a chance de sucesso eleitoral. Vamos analisar como os institutos de pesquisa calculam a rejeição:
Modelo de Lista:
Alguns institutos, como o Datafolha, utilizam o modelo de lista. Nesse caso, cada entrevistado é questionado sobre em quem não votaria de jeito nenhum dentre uma lista de candidatos.
O resultado final costuma chegar a um ranking de rejeição, onde os candidatos são classificados com base na porcentagem de rejeição.
Modelo Individual:
Outros institutos, como a Quaest e o Ipespe, adotam uma estratégia diferente. Nesses questionários, o entrevistado precisa responder individualmente sobre cada candidato.
Os números obtidos formam o que especialistas chamam de “patrimônio eleitoral” de cada candidato. Isso reflete o capital político que cada pessoa construiu durante sua carreira.
Por exemplo, na Quaest, 59% dizem conhecer Bolsonaro e não votariam nele, enquanto 26% afirmam que conhecem e votariam, e 11% indicaram que conhecem e poderiam votar. Apenas 2% responderam que não conhecem o presidente1.
Intenção de Voto Espontânea vs. Estimulada:
A intenção de voto espontânea ocorre quando o eleitor é questionado sobre em quem votaria sem a apresentação de nomes de candidatos. É uma pergunta aberta.
Já a intenção de voto estimulada inclui a lista de candidatos e é uma pergunta mais direcionada.
Em relação à coligação entre candidatos com alto nível de rejeição, é importante considerar os prós e contras. Embora possa trazer votos, a rejeição também pode prejudicar a imagem da coligação. Avaliar cuidadosamente essa decisão é fundamental para o sucesso eleitoral. Espero que essas informações tenham sido úteis! 😊
O objetivo das pesquisas, que não são pesquisas eleitorais, são para levantar o interesse das pessoas por matemática, e estatística. Outro objetivo é encorajar as pessoas a pensarem em política usando dados. Contrate uma empresa que faz pesquisas eleitoras caso precisa de dados mais precisos, que respeites as regras do TSE. Não use essas enquetes e análises como pesquisas eleitorais.
Essa é uma enquete eleitoral. Esta não é uma Pesquisa Eleitoral. Sendo assim, não precisa de registro. Pesquisas eleitorais exigem mais rigor. Apesar do meu esforço para representar a população, não houve uma preparação prévia para ser classificada como pesquisa eleitoral. O objetivo é meramente informativo, e para discussões. Posto desta forma, não foi necessário fazer o registro no TSE, regra criado esse ano (2024).
"De acordo com o novo texto aprovado na resolução, pesquisa é diferente de enquete ou sondagem. Estes dois últimos se caracterizam pelo levantamento de opiniões sem plano amostral nem utilização de método científico para a realização. " TSE
Quem paga essas pesquisas?
Ninguém!
Estou fazendo para ajudar o eleitor. Meu compromisso é com a verdade, com os fatos. Meu objetivo é informar o eleitor, votar consciente. Eu não tenho conflito de interesse. Eu não vou declarar meu voto, nem mesmo favorecer candidatos.
Importante.
Isso é somente uma enquete, para informação. O objetivo é informar o público, o eleitor, e os candidatos. Use as informações como estratégia. Eleições se ganha nas urnas. Vote usando o coração. Vote no que achar melhor!
Essa não é uma pesquisa eleitoral, que precisa de registro. Não tome decisões usando essa enquete, contrate uma empresa de pesquisa eleitoral.
Jorge Guerra Pires é autor dos livros sobre política e inteligência artificial: "Desinformação, infodemia, discurso de ódio, e fake news", "Inteligência Artificial e Democracia", e "Ciência para não cientistas". Coleção completa no
E na Amazon: https://www.amazon.com/dp/B0CW17VCQL?binding=kindle_edition&ref=dbs_m_mng_rwt_sft_tkin_tpbk
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Jorge Guerra Pires
Sou um pesquisador independente e apaixonado por programação de computadores e modelagem computacional aplicada a sistemas biológicos. Minha formação acadêmica me preparou para conduzir pesquisas e análises com expertise. Aqui estão alguns detalhes da minha formação:
Graduação: Sou formado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Brasil. Durante minha graduação, atuei como monitor de física e também como professor particular.
Mestrado: Realizei meu mestrado em Engenharia Matemática pela Universidade de L’Aquila (Itália) em colaboração com a Universidade Técnica de Gdansk (Polônia). Meu foco estava na área de Biomatemática.
Doutorado: Obtive meu doutorado em Engenharia da Informação pela mesma Universidade de L’Aquila. Minha pesquisa concentrou-se em biomatemática.
Pós-Doutorado: Além disso, realizei um pós-doutorado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e concluí outro na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Reconhecimento Internacional: Meus diplomas obtidos no exterior foram reconhecidos pela Universidade de São Paulo (USP) na área de bioinformática.
Minha experiência e formação me capacitam a conduzir pesquisas rigorosas e análises detalhadas. Estou ansioso para contribuir com insights valiosos em sua pesquisa de opinião sobre candidatos para as próximas eleições. Se precisar de mais informações, estou à disposição! 🌟