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As urnas brasileiras estão entre os sistemas mais seguros do mundo



Infelizmente, nas últimas eleições, atacar as urnas se tornou estratégia de governo. Apesar de não haver nenhuma prova de fraudes, ainda assim, o ex-presidente e apoiadores espalharam sem provas boatos e acusações de fraudes eleitorais. Como resultado dos ataques às urnas, sendo o mais grande quando o ex-presidente usou a embaixada brasileira para defender fraudes perante outros países, o ex-presidente foi declarado inelegível por oito anos por abuso de poder ao usar a embaixada para espalhar fake news.




As urnas brasileiras são consideradas as mais segundas do mundo. As possibilidade de fraudes nas urnas de voto impresso são bem maiores, e mais difíceis de achar. Talvez por isso o ex-presidente queria voto impresso: é mais difícil provar fraudes nas urnas impressas, e mais fácil de fraudar.


Alguns pontos sobre as urnas:

  • O TSE abre a urna para ataques periódicos, como formas de testar o sistema, a segurança.

  • As urnas não são conectadas à internet. Mesmo que ocorra problemas quando os votos forem tirados, que é feito depois de terminar, isso significaria somente voltar às urnas do zero;

  • Mesmo que ocorre ataques, precisaria ser coordenado, isso implicaria em atacar +200.000 urnas ao mesmo tempo, sem conexão com internet. É basicamente impossível;

  • Alguém em algum ponto precisa contar os votos. Isso não prova fraudes. Mesmo no sistema de papel, alguém tinha de contar. Em empresas, pessoas sabem que nem mesmo o melhor EPI proteger a pessoa que não usa. Hacker atacam pessoas, usam pessoas para hackear. Era feito por pessoa, isso criava mais vulnerabilidade do que algoritmos.

  • Você não precisa ter acesso aos códigos rodando para saber se tem fraudes, somente roda você mesmo. Dar acesso aos códigos rodando, quem nem o TSE tem, seria abrir uma porta para fraudes.

  • Os algoritmos das urnas são públicos


Infelizmente, as pessoas preferem acreditar do que pensar. Seja racional, pense antes de falar, antes de compartilhar. Não difame as urnas, difame quem a difame.










 

Jorge Guerra Pires é autor dos livros sobre política e inteligência artificial: "Desinformação, infodemia, discurso de ódio, e fake news", "Inteligência Artificial e Democracia", e "Ciência para não cientistas".



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