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Mitos e verdades: somente voto em mulher, se for competente

Updated: May 17

Apesar de que durante as pesquisas, o índice de rejeição das mulheres foi zero % como candidatas, apareceu alguns pensamentos perigosos para a democracia. Esses pensamentos vieram de mulheres, não de homens. Os homens se saíram melhores ao apoiarem candidatura feminina.


Democracia e meritocracia são duas coisas diferentes. As pessoas parecem confundir as duas formas de pensar.


Democracia é sobre representatividade, meritocracia é sobre mérito.

Mulheres não precisam ter vergonha de admitir que votam em mulheres por serem mulheres. Não tem como comparar mulheres com homens, ou seja, não podemos usar a meritocracia como medida de competência feminina. Candidatos não são obrigado como exemplo a terem cursos superior, ou médio; empresas privadas podem fazer isso, mas não a democracia.



A liderança política feminina desempenhou um papel crucial na contenção da primeira onda da pandemia.

Durante a pandemia, prefeituras lideradas por mulheres tiveram um desempenho melhor do que aquelas sob o cuidado de homens. Um estudo publicado no Journal of Economic Development investigou a performance de lideranças femininas durante a crise da Covid-19 e apontou que cidades que elegeram prefeitas mulheres tiveram uma significativa redução do número de mortes e hospitalizações por 100 mil habitantes em comparação com as governadas por homens1. Essas prefeituras também adotaram mais intervenções não farmacêuticas, como o uso obrigatório de máscaras, fechamento de serviços não essenciais e limites em aglomerações. Portanto, a liderança política feminina desempenhou um papel crucial na contenção da primeira onda da pandemia. É encorajador ver como as mulheres líderes contribuíram positivamente durante esse período desafiador2.



Existem inúmeros livros mostrando que pessoas que nascem em posição privilegiada, a pessoa consegue maior educação em universidade de elite. Isso cria uma posição na sociedade como cimento. Em alguns países, a pessoa precisa de 11 gerações para seus filhos subirem de classe social. Isso significa que se você nasceu pobre, fudido, e conseguiu estudar, mudar de classe, pode ser necessário 11 gerações da sua família para que seus futuros sangues consigam consolidar a acessão de classe. O American Dream era isso, era a ideia de que qualquer pessoa poderia subir de classe nos Estados Unidos. Cada vez mais, isso está se dissolvendo. Isso levou à eleição de Donald Trump, e no Brasil em seguida de Bolsonaro.


Na democracia, precisamos de políticas afirmativas, como cotas na UFOP, onde estudei. Eu era o único pobre da sala, o único que não havia feito cursinho. O cursinho funcionava como barreira para pobre.


Não confunda democracia com meritocracia. Quando chegarmos à democracia plena, podemos usar a meritocracia. Mas enquanto pessoas iniciarem de pontos diferentes na corrida, e cor da pele, ou sexo, influenciar promoção, oportunidade, ainda precisaremos do governo com política afirmativas, como cotas.




 

Saiba mais

A meritocracia é uma armadilha

Em suas origens, a meritocracia fez sentido: com ela se lançava por terra o sistema aristocrático que dominou a maior parte da história da humanidade, com privilégios herdados de geração em geração. Agora ela perpetua mitos e a desigualdade


 

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Leia meu livro! "A armadilha da meritocracia".

         

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